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O estudo da mitologia é propedêutico
à compreensão da riqueza teórica da psicologia junguiana.
Relacionamos, a seguir, a título de sugestão, algumas obras
sobre mitologia em que o método de abordagem guarda certa ressonância
com o enfoque dado por Jung à questão do mito em sua psicologia
analítica.
OBRAS DE JOSEPH
CAMPBELL
Rio de Janeiro: Campus, 1991 - 168 p. Contém o delineamento da interpretação que Joseph Campbell tem da mitologia e da religião. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1988 - 414 p. Nessa obra, a mais conhecida e difundida de Campbell, o autor procura elucidar verdades psicológicas que se apresentam disfarçadas em figuras religiosas e mitológicas. Campinas, SP: Papirus, 1994 - 506 p. Profunda análise da unicidade da existência e da espiritualidade humanas, evidenciada sobretudo por meio do estudo comparativo da imagística onírica e da mitologia do oriente e do ocidente. São Paulo: Palas Athena, 1992 - 418 p. É o primeiro volume, de uma série de quatro, daquela que é a obra monumental de Joseph Campbell. Contém uma abordagem dos mitos dos povos primitivos. São Paulo: Palas Athena, 1994 - 447 p. Estudo da mitologia oriental, sobretudo dos mitos que se desenvolveram no Egito, China, Tibete e Japão. É o segundo volume de uma série de quatro. São Paulo: Cultrix, 1997 - 217 p. Joseph Campbell mostra a permanência na moderna sociedade tecnológica da influência dos mitos que motivaram as sociedades pré-científicas. com Bill Moyers São Paulo: Palas Athena, 1990 - 242 p. Contém o texto de uma conversação entre Bill Moyers e Joseph Campbell do qual foi extraída a minisérie do mesmo nome de seis horas da Public Broadcasting System rede de TV educativa, nos Estados Unidos. Esse livro apresenta uma visão ampla e profunda sobre a questão do mito. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997 - 204 p. Essa é a última obra escrita de Joseph Campbell. O trabalho conta com a colaboração de Riane Eisler, Marija Gimbutas e Charles Musès e aborda o tema da Grande Mãe, arquétipo que configura o princípo feminino doador e nutridor da vida. São Paulo: Cultrix, 1992 - 246 p. Coletânea de treze palestras proferidas por Campbell quase no final de sua vida abordando, dentre outros, temas como as origens do homem e do mito, o mito dos índios americanos, deusas e deuses no período neolítico, o Egito, o Êxodo e Osíres. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997 - 284 p. Uma interpretação de Campbell sobre a universalidade dos mitos e sobre o mistério da mitologia e a sua importância frente aos desafios com os quais se defronta a sociedade contemporânea. OBRAS DE OUTROS AUTORES
Heinric Zimmer São Paulo: Palas Athena, 1988 - 228 p. Reunião de histórias populares da literatura do Oriente e do Ocidente, cujo enredo comum é o eterno confronto o homem com as forças do mal. O autor, Heinrich Zimmer, faleceu antes de concluir a redação definitiva do trabalho. Coube ao mitólogo Joseph Campbell compilar o material, a partir das anotações feitas pelo autor. Jennifer Barker Woolger & Roger J. Woolger São Paulo: Cultrix, 1992 - 345 p. Baseado em pesquisa que os autores realizaram sobre a psicologia da deusa, esse livro se configura como um estudo da psique feminina por meio da mitologia das deusas. Karl Kerényi São Paulo, Cultrix, 1993 - 219 p. Karl Kerényi mostra, nessa obra, a imagem dos deuses que habitam o universo mitológico da Grecia antiga. Carlor S. Pearson São Paulo: Pensamento, 1993 -355 p. Estudo sobre a jornada do herói.
Thorwald Dethlefsen São Paulo: Cultrix, 1993 - 128 p. Análise das tragédias Edipo rei e Édipo em Colona, de Sófocles, pelas quais o autor identifica os padrões subjacentes a cada destino humano. Angela Waiblinger São Paulo: Cultrix, 1992 - 126 p. Estudo sobre o mito da Grande Mãe e os vários aspectos da maternidade
Lutz Müller São Paulo: Cultrix, 1992 - 132 p. O autor revela a verdadeira jornada do herói - o caminho que leva ao processo de individuação. Carol S. Pearson São Paulo: Cultrix, 1992 - 265 p. Esse livro analisa as histórias que ajudam o homem a encontrar o sentido da vida. Segundo a autora, os mitos do herói evidenciam os atributos definidores do bem, do belo e da verdade que se configuram como aspirações valorizadas culturalmente. Carol S. Pearson utiliza amplamente a terminologia junguiana, mas declara que os arquétipos por ela identificados não são geralmente considerados por junguianos como essenciais ao processo de individuação. Karl Kerényi São Paulo, Cultrix, 1993 - 332 p. Para os gregos da antigüidade, o mito configurava-se como uma necessidade universal , pois reconheciam que inúmeras formas de vida tinham origem mítica e sagrada. Karl Kerényi mostra a imagem dos deuses que habitam o universo mitológico da Grecia antiga. Stephen Larsen Rio de Janeiro: Campus, 1991 - 386 p. Stephen Larsen, amigo e discípulo de Joseph Campbell mostra, nessa obra, como a mitologia tradicional continua influenciando a consciência moderna com a sua sabedoria. Sam Keen - Anne Walley-Fox São Paulo: Cultrix, Esse livro propõe técnicas e métodos para a identificação de mitos pesssoais. Olga Rinne São Paulo: Cultrix, 1992 - 146 p. Na tragédia de Eurípedes, Medéia é a mulher que ao ser abandonada pelo marido Jasão, que a trocou por uma mulher mais nova, matou os próprios filhos movida pelo ciúme do marido. Esse livro contém uma análise do mito de Medéia que representa o aspecto feminino sombrio, cujas energias serão liberadas quando a mulher for capaz de confrontar-se com a sua própria sombra, olhando para dentro de si mesma. Eudoro de Sousa Brasília: Editora Universidade de Brasilia,1988, 1995 - 139 p. Essa obra contém um amplo estudo da mitologia como relato simbólico das origens do homem e do mundo. Eudoro de Sousa Brasília: Editora Universidade de Brasilia,1995 - 98 p. Relato simbólico da presença do homem no mistério do mundo. Homem que se constrói a si mesmo a partir da construção do seu mundo movido pela recusa do mundo que lhe é gratuitamente dado. Junito de Souza Brandão Petrópolis: Vozes, 1986-1987 Essa obra contém uma apresentação do universo mitológico da Grecia. O autor, Junito de Souza Brandão, um dos maiores mitólogos brasileiros, era Licenciado em Letras Clássicas, tinha doutorado e livre-docência em Literatura Grega. Foi professor de Língua e Literatura Grega e de Língua e Literatura Latina na PUC-Rio de Janeiro e nas Universidades Santa Úrsula e Gama Filho. Ministrou cursos de Mitologia na PUC-São Paulo e na Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica-SBPA. David Feinstein & Stanley Krippner São Paulo: Cultrix, 1992 - 252 p. Os autores apresentam um caminho para a descoberta da história interior do indivíduo, por meio de rituais, sonhos e da imaginação, o que desvelaria a mitologia pessoal de cada um. Segundo June Singer, no prefácio que fez para o livro, a mitologia pessoal se configura como uma infra-estrutura que fornece informações sobre a vida individual de cada um de nós. Noemi Paz São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1989 - 123 p. A autora propõe uma nova leitura dos contos de fadas para elucidar o seu conteúdo simbólico, percorrendo, no seu texto, a jornada do herói, mostrando a forma pela qual essas narrativas apresentam a sua mensagem. Arthur Colman & Libby Colman São Paulo: Cultrix, 1990 - 265 p. Nesse livro, os autores mostram a separação mitológica entre céu e terra como dois aspectos do arquétipo do Pai. Utilizam imagens arquetípicas para apresentar as polaridades mais importantes da função paterna. Jörg Rasche São Paulo: Cultrix, 1992 - 157 p. Nesse livro, o autor analisa o mito grego de Prometeu que roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens, sendo punido por Zeus. Esse mito simboliza a luta primordial entre pai e filho para evidenciar a necessidade de rebeldia contra a autoridade dos pais vivida por todos os homens na sua puberdade. Hans Jellouscheck São Paulo: Cultrix, 1992 - 133 p. Nesse livro, Hans Jellouscheck utiliza a história desse triângulo amoroso da mitologia grega como modelo para os conflitos conjugais, discutindo ao longo do texto os fundamentos psicológicos da luta de poder entre o homem e a mulher na relação conjugal, destacado ainda o papel de Sêmele, a amante, nesse triângulo amoroso. Verena Kast São Paulo: Cultrix, 1992 - 132 p. O mito de Sísifo se refere ao trabalho que eternamente se repete: subir morro acima com uma pesada pedra, que antes de atingir o topo, escorrega-lhe das mãos e rola morro abaixo. Sísifo retoma a tarefa que se interrompe da mesma forma, indefinidamente. Verena Kast, psicóloga junguiana afirma que esse mito se aplica mais às pessoas de meia-idade, que geralmente consideram o seu próprio trabalho como uma tarefa de Sísifo.
Tassilo Orpheu Spalding São Paulo: Cultrix, 1987 - 167 p. Tassilo Orpheu Spalding São Paulo: Cultrix Mário Adriano Gama Kury Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990 - 403 p.
Pierre Grimal Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil/Difel, 1992 - 556 p. Pierre Brunel (org) Rio de Janeiro: José Olympio, 1997 - 939 p. Junito de Souza Brandão Petrópolis: Vozes, 1991- 701 p. Junito de Souza Brandão Petrópolis: Vozes, 1992- 559 p. Junito de Souza Brandão Petrópolis: Vozes, 1993 - 334 p. Jean Chevalier & Alain Gheerbrant Rio de Janeiro: José Olympio, 1988 - 996 p. Hans Biedermann São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1993 - 481 p. |
INDEX BIBLIOGRÁFICO |
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